"Hoje damos as boas-vindas a outras 31 crianças, que haviam sido enviadas ilegalmente para a Rússia a partir dos territórios ocupados", anunciou nas redes sociais Mykola Kuleba, que dirige a associação Save Ukraine.
Os menores de idade viviam nas regiões Kharkiv (nordeste) e Kherson (sul), ocupadas pelo exército russo há um ano e libertadas pelos ucranianos no último outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), explicou a associação estatal, que combate o que considera deportações ilegais de crianças.
De acordo com a Save Ukraine, o grupo de crianças chegou na sexta-feira (7) a territórios ucranianos controlados por Kiev.
Imagens divulgadas pela organização mostram que elas atravessaram a fronteira a pé e embarcaram em um ônibus para continuar a viagem.
Kuleba elogiou as "mães heroicas" que viajaram a territórios russos, ou controlados pelos russos, para recuperar seus filhos em uma das missões "mais difíceis" da organização de caridade.
Durante a viagem, uma senhora que queria resgatar dois netos morreu por causa do "estresse", explicou Kuleba.
Segundo o diretor da associação, as mães ucranianas foram "interrogadas durante 13 horas" por agentes dos serviços secretos russos.
Ainda de acordo com Kiev, mais de 16.000 crianças ucranianas foram deportadas para a Rússia desde o início da invasão, em 24 de fevereiro do ano passado.
Moscou nega as acusações e afirma que enviou as crianças a territórios russos para que escapassem dos horrores da guerra.