Um ataque a tiros em um banco no centro de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, deixou cinco pessoas mortas e oito feridas, informou o departamento de polícia da cidade. O agressor, de acordo com as autoridades, era funcionário ou já tinha trabalhado na empresa. Segundo a polícia, o atirador está morto, mas ainda não está claro se o número de vítimas o inclui — as investigações tentam determinar se ele atirou em si mesmo ou foi baleado pelas autoridades, disse Paul Humphrey, vice-chefe do Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville.
Os policiais responderam a relatos de um ataque por volta das 8h30 locais (9h30 no Brasil) em uma agência do Old National Bank, perto do estádio de beisebol Slugger Field. Pelo menos dois policiais estavam entre os oito feridos. Dois dos feridos, incluindo um dos policiais, estavam em estado crítico em um hospital.
"Vamos nos unir como uma comunidade para impedir que esses atos horríveis de violência armada continuem aqui e em todo o estado", disse Craig Greenberg, prefeito da cidade de 625 mil habitantes. Emocionado, o governador de Kentucky, Andy Beshear disse que conhecia as vítimas do ataque."Tenho um amigo muito próximo que não sobreviveu hoje", afirmou ele, "e um que está no hospital e que eu espero que sobreviva".
Os EUA pagam um preço alto pela disseminação de armas de fogo em seu território. Só este ano, o país foi palco de 146 eventos do tipo que deixaram quatro ou mais baleados ou mortos, sem incluir o atirador, de acordo com a ONG Gun Violence Archive, que acompanha a violência armada no país.
O país tem mais armas individuais do que habitantes: um em cada três adultos possui pelo menos uma arma e quase um em cada dois vive numa casa onde existe uma arma. Como consequência dessa proliferação, o país registra um índice alto de mortes por arma de fogo, incomparável com os números de outras nações desenvolvidas.
Cerca de 49 mil pessoas morreram por ferimentos a bala em 2021, contra 45 mil em 2020 — que já era um recorde. Isso representa mais de 130 mortes por dia, mais da metade das quais são suicídios. Em um dos episódios mais recentes, três alunos de 9 anos e três funcionários foram mortos por um ex-aluno em uma escola em Nashville, Tennessee, em 27 de março.