O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na manhã desta sexta-feira (21/4) em um vídeo na sua conta no Twitter, que não concorrerá à reeleição no país, que escolhe seu próximo presidente em outubro.
Leia Mais
Combates persistem no Sudão, apesar dos pedidos de tréguaChefe da Otan 'confiante' que a Ucrânia recuperará terras ocupadas pela RússiaA mulher condenada em Nova York por plano de matar sósia com cheesecake
Sua reeleição era considerada improvável devido à grave crise econômica que o país enfrenta. Ele é desaprovado por 71% dos argentinos, a maior rejeição de um presidente na série histórica de 17 anos da consultora Poliarquía, que divulgou o número nesta quinta (20/4).
A desistência ocorre quase um mês após o ex-presidente Mauricio Macri fazer o mesmo movimento na aliança de oposição Juntos pela Mudança.
Com a decisão, Fernández não participará das primárias em agosto e abre espaço para seus concorrentes dentro da coalizão peronista Frente de Todos. Entre os nomes considerados presidenciáveis está o da atual vice, Cristina Kirchner, com quem ele frequentemente tem desconfortos.
- Argentina tem inflação acima de 100% pela primeira vez em três décadas
Cristina tem feito um mistério sobre sua candidatura, usando a narrativa de que estaria inelegível após ter sido condenada por corrupção em dezembro. Isso só ocorrerá, porém, caso a decisão da Justiça argentina em primeira instância seja confirmada pelas instâncias superiores.
A ex-presidente afirma que é vítima de "lawfare", quando o Judiciário persegue um investigado por razões políticas, e sustenta que a condenação estava escrita desde o início do processo.
Outro possível candidato pela aliança é o ministro da Economia, Sergio Massa, porém ambos também estão em queda na aprovação popular.