O Royal College of Nursing, o principal sindicato da categoria, realizou, no início de dezembro, uma mobilização e recentemente anunciou uma greve de 48 horas a partir de 30 de abril.
O sindicato anunciou a greve após recusar as últimas propostas do governo - um aumento de salários de 5% e um pagamento excepcional de pelo menos 1.250 libras (R$ 7.856). Pela primeira vez, a greve também afetará os serviços de emergências e as unidades de cuidados intensivos e oncologia.
Segundo o governo, o segundo dia de greve está previsto fora do mandato do sindicato para organizar a ação, que expira na véspera.
"Lamento pedir à Suprema Corte que declare a greve, prevista para 2 de maio, ilegal", declarou em um comunicado o ministro da Saúde.
Apesar das "tentativas" de "resolver a situação" durante o fim de semana, "não tenho mais opção, além de iniciar um procedimento judicial", acrescentou Barclay, afirmando que não pode permitir a realização de uma greve "ilegal".
Em um e-mail enviado aos representantes do sindicato, a secretária-geral do mesmo, Pat Culln, prometeu se opôr ao "assédio" do ministro na justiça.
"Se o governo consegue silenciar membros como vocês e convence a corte a frear uma parte da nossa greve, não teremos mais opção, além de encurtá-la", acrescentou.
A líder sindical advertiu que, se um acordo com o Executivo antes de 30 de abril não for alcançado, o movimento poderia se estender até o Natal.
A inflação, que segundo os últimos números supera os 10% no Reino Unido, resultou em movimentos de greve em vários setores da atividade produtiva para pedir melhores salários, tanto nos serviços públicos como no setor privado.
LONDRES