Apresentada em Bruxelas, onde será sua sede, a UEC pretende "dar voz" a aproximadamente 1.400 clubes que não estão representados na atual governança do futebol continental, explicou um dos seus representantes, o especialista em marketing esportivo William Martucci.
Essa nova estrutura de contornos difusos, que ainda não conta com diretoria nem estatutos, reivindica a inscrição de quarenta clubes de 25 países durante sua apresentação. Na mesma, estiveram presentes dirigentes do Crystal Palace (Premier League), o Royale Union Saint-Gilloise (primeira divisão belga) e o Lokomotiva Zagreb (primeira divisão croata). Também tomou a palavra o presidente da LaLiga espanhola, Javier Tebas.
A UEC, longe de lançar uma ameaça comparável à abortada tentativa da Superliga por doze clubes da elite na primavera europeia de 2021, se apresenta como "interlocutor social" das organizações de jogadores e de torcedores e como "complemento" da poderosa Associação Europeia de Clubes (ECA), único interlocutor oficial da UEFA até o momento.
Não se trata de "substituir a ECA, mas sim aportar um contrapeso à influência que os grandes clubes têm através da ECA", sobre a gestão das finanças do futebol europeu, assegurou a especialista em direito esportivo, Katarina Pijetlovic, ao apresentar a estrutura.
Nem a UEFA e nem a ECA comentaram a chegada desse novo ator do futebol, enquanto que as duas estruturas gerem entre si as lucrativas competições europeias de clubes. A ECA, nascida em 2008 e que conta atualmente com mais de 300 equipes sob sua égide, dispõe também de um acordo com a FIFA em relação ao calendário internacional e às compensações aos clubes por liberar os seus jogadores.
LAUSANA