Andrei Medvedev se declarou culpado de participar de uma briga do lado de fora de um bar em fevereiro, resistir à prisão e portar uma pistola de ar.
Mas o homem de 26 anos, que busca asilo na Noruega, negou ter agredido policiais na delegacia na madrugada de 22 de fevereiro.
Medvedev diz que lutou por quatro meses na Ucrânia como membro do Wagner antes de desertar em novembro, quando o grupo supostamente renovou seu contrato contra sua vontade.
O russo, testemunha potencialmente valiosa da alegada brutalidade do grupo Wagner na Ucrânia, tem sido interrogado pelas autoridades norueguesas desde a sua chegada ao país. Ele diz saber que Wagner executou mercenários que se recusaram a voltar ao combate e que tem vídeos que comprovam isso.
Mas desde que chegou à Noruega, ele tem sido uma dor de cabeça para as autoridades.
Em janeiro, ele foi preso por se recusar a cumprir as restrições impostas pela polícia, segundo seu advogado.
Também foi preso na Suécia no início de março. Seu advogado disse que ele cruzou a fronteira para comprar cigarros, que são mais baratos nesse país, sem saber que não poderia deixar a Noruega enquanto seu pedido de asilo está sendo processado.
Muitas questões permanecem sobre o passado de Medvedev e as circunstâncias de sua fuga. Alguns especialistas acreditam que ele não conseguiria cruzar a fronteira russo-norueguesa fortemente protegida sem assistência.
Ele afirma ter atravessado correndo o rio Pasvikelva congelado, na fronteira entre os dois países, enquanto era perseguido por cães de ataque e em meio aos disparos dos guardas de fronteira russos.
A AFP não conseguiu verificar sua versão de forma independente.