"Quem faz política está habituado a isso", reagiu Lula, que descreveu como "cena de ridículo" o gesto dos deputados do partido Chega, que exibiam cartazes que diziam "chega de corrupção".
"A democracia no Brasil viveu recentemente momentos de grave ameaça (...). A notícia que lhes trago é que as forças democráticas brasileiras demonstraram sua solidez e resiliência", disse o chefe de Estado de 77 anos em seu discurso.
Lula foi convidado a falar no Parlamento português no dia que marca o 49º aniversário da Revolução dos Cravos, que acabou com 48 anos de ditadura de direita em Portugal e a 13 anos de guerras coloniais na África.
Para protestar contra a recepção que lhe foi dada pelas autoridades portuguesas, algumas centenas de apoiadores do partido Chega e de imigrantes brasileiros simpatizantes de Jair Bolsonaro se reuniram perto do Parlamento.
"Bandido", "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão", gritavam, enquanto muitos outros manifestantes pró-Lula eram agrupados pela polícia em uma rua adjacente e a uma boa distância.
Quando os parlamentares do Chega vaiaram o discurso de Lula, foram chamados à ordem pelo presidente do Parlamento português, Augusto Santos Silva, que os exortou a parar com os "insultos" e a parar de "envergonhar em nome de Portugal".