A operação, que aconteceu apenas três semanas antes do pleito eleitoral, foi organizada em 21 províncias, incluindo Diyarbakir (sudeste), de maioria curda, sinalizou a polícia.
Ao todo, 126 pessoas foram detidas, disse a mídia estatal, citando fontes de segurança.
"No início da manhã, as casas de várias pessoas, incluindo jornalistas, advogados e diretores de ONGs, foram alvos de ações de busca", afirmou a ONG de defesa das liberdades MLSA.
A imprensa local informou que a polícia deteve pessoas suspeitas de financiarem o PKK de municípios controlados pela organização pró-Curdistão Partido Democrático do Povo (HDP) ou de capturarem novos membros para a organização, que é proibida no país.
O PKK, que trava uma luta armada contra o exército turco desde 1984, é classificado como uma organização terrorista por Ancara, Estados Unidos e União Europeia.
"O número total de detenções pode alcançar 150", incluindo "20 advogados, cinco jornalistas, três atores de teatro e um político", informou a Ordem dos Advogados de Diyarbakir.
Os advogados não podem entrar em contato com seus clientes durante 24 horas, acrescentou a organização.
O presidente da ordem dos advogados, Nahit Eren, denunciou por meio de um comunicado que esta é uma "tentativa de intimidar os eleitores curdos" às vésperas das eleições.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras informou que foram detidos 11 jornalistas que trabalham em veículos pró-curdos.
As eleições de 14 de maio são cruciais para o presidente Recep Tayip Erdogan e seu partido AKP, no poder há duas décadas.
A oposição apresenta uma frente unida de seis partidos com apenas um candidato à presidência, Kemal Kilicdaroglu, que tem o apoio do partido pró-curdo HDP, terceira força política no país e segunda força de oposição no Parlamento.
DIYARBAKIR