A cena faz parte do videoclipe de um single que o cantor lançou e foi gravado na paróquia Santuário Guadalupano na cidade de Hermosillo (estado de Sonora, norte).
Com 33 anos e cabelos curtos, o intérprete fez colaborações com o produtor argentino Bizarrap e o rapper americano Snoop Dogg, com quem gravou canções como "Mi Tío Snoop Dogg", lançada em dezembro de 2020.
Partes do vídeo viralizaram nas redes sociais desde o último fim de semana e causaram indignação entre fieis católicos e aplausos dos fãs do artista.
Alemán tinha autorização para gravar no templo, mas não no altar, onde subiu para distribuir aparentes cigarros de maconha a atores como se fossem hóstias.
"Lembrei a ele (...) que não podiam subir no altar. Imediatamente desceram (...) e continuaram a gravação", relatou o padre Luis González nas redes sociais.
Longe de condenar o cantor, o sacerdote defendeu a autorização, ao apontar que pessoas como Alemán atingem um público que a Igreja tem dificuldade de alcançar.
"Às vezes, nas redes sociais, tira-se de contexto", defendeu o religioso. No México, 90,2 milhões de pessoas se consideravam católicas em 2020, segundo estatísticas oficiais.
Em um vídeo publicado no Twitter, o próprio rapper se desculpou com o padre e assegurou que sua canção é "super positiva".
"Reconhecemos que atuou sem má-vontade e intenção, mas sim de maneira imprudente (...), oferecemos sinceras desculpas" à comunidade, indicou, por sua vez, a Arquidiocese de Hermosillo em um comunicado.
Não está claro se a cena dos cigarros fará parte do clipe, ainda que Alemán tenha agradecido ao sacerdote porque "salvou o vídeo".