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Estado de Minas LONDRES

Uma coroação com três coroas e duas carruagens


03/05/2023 07:19

A coroação do rei Charles III, que incluirá uma coroa de 1661 e uma carruagem de mais de 260 anos, estará ancorada na História, mas terá também algumas novidades.

- Duas coroas para o rei -

A coroa de Saint Edward, peça central das joias da coroa britânica, é a que será usada na cerimônia.

É usada exclusivamente em coroações e foi utilizada pela última vez em 1953 por Elizabeth II, mãe de Charles III.

Foi confeccionada para a coroação de Charles II em 1661, em substituição a uma coroa medieval, que foi fundida em 1649 pelos parlamentares após a execução de Charles I.

Esta peça em ouro maciço é incrustada com pedras preciosas e semipreciosas, como rubis, ametistas e safiras, e dotada de um gorro de veludo púrpura, arrematado por uma faixa de arminho.

Não é uma réplica da coroa medieval desaparecida, que se acredita que tenha pertencido ao rei Edward, o Confessor, no século XI.

Mas, assim como ela, também tem quatro cruzes e quatro flores de lis.

O emoji criado para o Twitter especialmente para a ocasião é inspirado nesta coroa, que pesa 2,07 kg e foi redimensionada recentemente para se ajustar à cabeça de Charles III.

Após a coroação, o rei usará a Coroa Imperial de Estado, vista pela última vez no funeral de Elizabeth II, em setembro.

Confeccionada em 1937 para a coroação de George VI, também é usada na cerimônia de abertura do Parlamento.

Pesa 1,06 kg e tem 31,5 centímetros de altura. É incrustada por 2.868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, 269 pérolas e quatro rubis.

Esta coroa inclui o diamante Cullinan II, a segunda maior pedra talhada do diamante Cullinan que, segundo o Royal Collection Trust, é o maior diamante já descoberto.

- Uma coroa para a rainha -

A rainha consorte Camilla, por sua vez, usará a coroa da rainha Mary, com 2.200 diamantes.

É a primeira vez em quase três séculos que uma coroa já existente será usada na coroação de um consorte.

A decisão foi tomada "em prol da sustentabilidade e da eficácia", informou o Palácio de Buckingham.

Foram feitas mudanças "menores" para "refletir o estilo individual de Camilla" e "prestar homenagem" à falecida Elizabeth II.

Assim, foram incluídos à peça vários diamantes, os Cullinan III, IV e V, da coleção pessoal da rainha falecida, que ela costumava usar como broches.

No entanto, o controverso diamante Koh-i-Noor, apreendido pela companhia britânica das Índias Orientais em 1849, não faz mais parte da coroa.

- Carruagem de ida e carruagem de volta -

Charles e Camilla farão um trajeto mais curto do que o de Elizabeth II em 1953, do Palácio de Buckingham à Abadia de Westminster.

Só em seu retorno usarão a tradicional carruagem de ouro, confeccionada em 1762 para levar reis e rainhas, e que foi usada em todas as coroações desde 1831.

Em sua coroação, Elizabeth II viajou na ida e na volta nesta carruagem, e descreveu a experiência como "horrível" pelo desconforto.

A carruagem pesa quatro toneladas, tem 3,6 metros de altura e 7 metros de largura. São necessários oito cavalos para puxá-la. Devido ao seu peso e à sua antiguidade, desloca-se muito lentamente.

"Quando você a segue, ouve como range e soa como um velho galeão", afirma Martin Oates, encarregado das carruagens nas cavalariças reais.

Na viagem de ida, Charles e Camilla optaram pela carruagem do jubileu de diamante, mais moderna e confortável.

Produzida na Austrália e usada pela primeira vez por Elizabeth II em 2014, é a mais moderna das cavalariças reais.

É equipada com ar-condicionado, vidros elétricos e seis estabilizadores hidráulicos que impedem que sacoleje.

"Parece-se muito a um carro", explica Oates.

Mas as modernidades param aí. A carruagem mede mais de cinco metros, pesa mais de três toneladas e precisa de seis cavalos para ser puxada.


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