Jornal Estado de Minas

BOGOTÁ

Centenas de ex-militares protestam contra o governo Petro em Bogotá

Centenas de militares e policiais colombianos aposentados protestaram na quarta-feira (10) no centro de Bogotá contra as políticas esquerdistas do presidente Gustavo Petro.



Os manifestantes se reuniram na Praça de Bolívar e expressaram sua rejeição ao primeiro governo de esquerda da história da Colômbia. Também criticaram a falta de segurança e o aumento do narcotráfico.

O ex-soldado Carlos Chonaga considera que o atual governo "negligencia" os miliares.

Durante o protesto, os participantes cantaram os hinos da Polícia e do Exército, que juntos formam as maiores Forças Armadas do continente depois das tropas do Brasil.

Petro, um ex-guerrilheiro que atuou contra o Estado na década de 1970, antes de assinar a paz em 1990, reagiu à manifestação e lembro que é "o comandante constitucional das Forças Armadas".

"Não há conflito entre os oficiais da ativa e o governo nacional", escreveu em sua conta no Twitter.

Muito popular por seu combate contra a guerrilha, a força pública na Colômbia não se manifestava abertamente sobre a política. Mas a chegada ao poder de um político de esquerda e ex-rebelde mudou a situação.



O comandante do exército durante o governo do presidente Iván Duque (2018-2022), Eduardo Zapateiro, criticou em público o então candidato Petro.

Agora os veteranos da força pública destacam seu mal-estar.

"Reconhecimento aos nossos heróis, apesar do desprezo progressivo", afirmava uma faixa na passeata, enquanto alguns manifestantes gritavam "Fora Petro!"

O ministro da Defesa, Iván Velásquez, convidou os homens da reserva da Força Pública a iniciar "um diálogo franco e construtivo com o governo nacional".

"Compreendemos o inconformismo que é produto de décadas de esquecimento e queremos construir soluções conjuntas com vocês", acrescentou o ministro no Twitter.

Um setor da reserva está alinhado com Petro desde a campanha e apoia suas propostas de reduzir o orçamento militar, aplicar uma política de promoções baseada no mérito e separar a polícia do ministério da Defesa.

Twitter