Os manifestantes se reuniram na Praça de Bolívar e expressaram sua rejeição ao primeiro governo de esquerda da história da Colômbia. Também criticaram a falta de segurança e o aumento do narcotráfico.
O ex-soldado Carlos Chonaga considera que o atual governo "negligencia" os miliares.
Durante o protesto, os participantes cantaram os hinos da Polícia e do Exército, que juntos formam as maiores Forças Armadas do continente depois das tropas do Brasil.
Petro, um ex-guerrilheiro que atuou contra o Estado na década de 1970, antes de assinar a paz em 1990, reagiu à manifestação e lembro que é "o comandante constitucional das Forças Armadas".
"Não há conflito entre os oficiais da ativa e o governo nacional", escreveu em sua conta no Twitter.
Muito popular por seu combate contra a guerrilha, a força pública na Colômbia não se manifestava abertamente sobre a política. Mas a chegada ao poder de um político de esquerda e ex-rebelde mudou a situação.
O comandante do exército durante o governo do presidente Iván Duque (2018-2022), Eduardo Zapateiro, criticou em público o então candidato Petro.
Agora os veteranos da força pública destacam seu mal-estar.
"Reconhecimento aos nossos heróis, apesar do desprezo progressivo", afirmava uma faixa na passeata, enquanto alguns manifestantes gritavam "Fora Petro!"
O ministro da Defesa, Iván Velásquez, convidou os homens da reserva da Força Pública a iniciar "um diálogo franco e construtivo com o governo nacional".
"Compreendemos o inconformismo que é produto de décadas de esquecimento e queremos construir soluções conjuntas com vocês", acrescentou o ministro no Twitter.
Um setor da reserva está alinhado com Petro desde a campanha e apoia suas propostas de reduzir o orçamento militar, aplicar uma política de promoções baseada no mérito e separar a polícia do ministério da Defesa.
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