Várias embaixadas ocidentais em Pequim exibem bandeiras ucranianas em solidariedade com a luta do país contra a invasão russa, algumas acompanhadas de mensagens de apoio em inglês e em chinês.
Fontes de várias missões europeias disseram à AFP que receberam, esta semana, um pedido das autoridades chinesas para sua remoção. Todos disseram que vão rejeitar o pedido e que não vão mudar suas políticas.
Um funcionário de uma embaixada europeia confirmou a informação e estimou que o pedido estaria relacionado com a exibição da bandeira ucraniana em várias missões diplomáticas.
O membro de outra embaixada europeia disse, por sua vez, que não está claro se a solicitação tem relação com a Ucrânia, ou com o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. Algumas embaixadas estrangeiras em Pequim hastearam bandeiras LGBTQIAP+ em homenagem à data, celebrada nesta quarta-feira (17).
A mesma fonte declarou que "aderimos estritamente às Convenções de Viena. Portanto, não há motivo para reagirmos a esta nota, ou mudarmos nossa política".
Questionado sobre o tema, Pequim disse que as embaixadas "têm a obrigação de respeitar as leis e os regulamentos chineses".
"A China pede às embaixadas de todos os países na China (...) que cumpram suas funções de acordo com a Convenção de Viena", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.
A convenção ressalta que as missões diplomáticas têm o dever de "não interferir nos assuntos internos" dos países anfitriões, mas não proíbe, explicitamente, a exibição de sinais políticos nos muros externos das embaixadas.
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