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Estado de Minas CANNES

Cannes dá uma pausa nos astros de Hollywood e exibe filmes da Turquia, Tunísia e sobre Auschwitz


19/05/2023 10:51
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O Festival de Cannes tem uma pausa nesta sexta-feira (19) após vários dias marcados pela presença de estrelas de Hollywood e exibe dois filmes de países distantes das superproduções, Turquia e Tunísia, e uma obra sombria sobre o campo nazista de Auschwitz dirigida pelo britânico Jonathan Glazer.

O cineasta turco Nuri Bilge Ceylan, Palma de Ouro em 2014 com "Sono de Inverno", apresenta "About dry grasses" ("Kuru Otlar Ustune" em turco), filme sobre um professor acusado de assédio em Anatólia.

O tema do assédio escolar também foi abordado pelo japonês Hirokazu Kore-eda no filme "Monster", outro candidato à Palma de Ouro.

Ceylan, 64 anos, é um velho conhecido na Croisette: ele recebeu o Grande Prêmio do Júri duas vezes, em 2003 por "Distante" e em 2011 por "Era Uma Vez em Anatólia", além do prêmio de direção por "Três Macacos" (2008).

Também nesta sexta-feira, Kaouther Ben Hania, 45 anos, apresentará "Les filles d'Olfa", um filme que aborda o desaparecimento de duas filhas de uma mulher tunisiana e que se aproxima do "ensaio visual", de acordo com Thierry Frémaux, diretor-geral do festival.

Ben Hania foi indicada ao Oscar de filme internacional há dois anos com "O Homem que Vendeu sua Pele" e participou na mostra Um Certo Olhar de Cannes em 2017 com "Beauty and the dogs".

O terceiro filme da sexta-feira é "The Zone of Interest", do britânico Jonathan Glazer, adaptação de um livro de Martin Amis publicado em 2014 e que aborda a vida cotidiana do comandante nazista e sua família no campo de extermínio de Auschwitz.

Glazer é conhecido por "Sob a Pele" (2013), com Scarlett Johansson, e "Reencarnação" (2004), com Nicole Kidman.

Perto do Palácio dos Festivais, coração do evento, a polícia encontrou no início da tarde desta sexta-feira um pacote suspeito que provocou cenas de pânico.

As forças de segurança isolaram a área, mas poucos minutos depois descartaram qualquer perigo: o pacote era uma "mala esquecida por um turista", informou Philippe Loos, secretário-geral da prefeitura local.

Cannes também foi cenário de um protesto sindical no recentemente reformado hotel Carlton, onde trabalhadores do setor hoteleiro criticaram a reforma da Previdência aprovada pelo governo francês.

Os protestos já duram meses no país, apesar de a reforma já ter sido aprovada no Parlamento. A prefeitura de Cannes proibiu manifestações em um perímetro ao redor do Palácio dos Festivais, para evitar distúrbios.

Mas o protesto aconteceu dentro do hotel e foi autorizado.


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