Jornal Estado de Minas

DEEPFAKE

Golpe de deepfake na China levanta preocupações sobre crimes financeiros

Um golpe ocorrido no norte da China, envolvendo tecnologia avançada de deepfake, fez com que um homem transferisse dinheiro para um suposto amigo, aumentando a preocupação em relação ao uso de técnicas de inteligência artificial (IA) para facilitar crimes financeiros. A China vem reforçando a regulamentação dessas tecnologias e aplicativos devido ao crescimento de fraudes baseadas em IA, que envolvem principalmente manipulação de voz e dados faciais. 





Em janeiro, foram adotadas novas regras para proteger legalmente as vítimas. Segundo a polícia de Baotou, na região da Mongólia Interior, o golpista utilizou IA para trocar de rosto durante uma videochamada, convencendo a vítima a transferir 4,3 milhões de iuanes (US$ 622 mil, R$ 3 milhões) em 20 de fevereiro. A vítima acreditava que estava ajudando seu amigo a fazer um depósito em um processo de licitação. 

O caso gerou discussões sobre privacidade e segurança online no Weibo, com a hashtag '#golpes com IA explodindo em todo o país, alcançando mais de 120 milhões de visualizações em 22 de fevereiro. Um usuário comentou: 'Isso mostra que fotos, vozes e vídeos podem ser utilizados por golpistas. As regras de segurança da informação podem acompanhar as técnicas dessas pessoas?'. A polícia afirmou que recuperou a maior parte do dinheiro roubado e está trabalhando para rastrear o restante.