Ante "a impossibilidade de formação de governo [...], a solução, segundo a Constituição, é a formação de um governo interino", disse a presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, durante uma reunião com Ioannis Sarmas.
A fala da presidente se referia ao fato de nenhum dos três partidos que lideravam as eleições de domingo querer formar uma aliança de governo.
"É uma grande honra, uma obrigação constitucional e meu dever como cidadão aceitar esta responsabilidade", disse Ioannis Sarmas, de 66 anos.
As eleições a serem organizadas por seu Executivo interino devem acontecer em 25 de junho.
Nas eleições legislativas do último domingo (21), o partido de direita Nova Democracia, liderado pelo primeiro-ministro em final de mandato, Kyriakos Mitsotakis, registrou uma vitória esmagadora com 40% dos votos, mas não obteve maioria no Parlamento.
No dia seguinte, Mitsotakis rejeitou o mandato da presidente para formar um governo de coalizão.
As próximas eleições serão realizadas por meio de um sistema eleitoral diferente. O partido vencedor terá um bônus de até 50 deputados, o que lhe garantiria a maioria absoluta, segundo seus cálculos.
O ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, líder do principal partido da oposição de esquerda, o Syriza, obteve apenas 20% dos votos e também se negou a formar uma coalizão.
Tsipras prometeu "travar esta nova batalha" para evitar a formação de um governo de direita "todo-poderoso" (...), o que é ruim para a democracia e para o país".
O partido socialista Pasok-Kinal ficou em terceiro lugar nas eleições legislativas de domingo, com 11,5% dos votos, três pontos a mais do que em 2019.
ATENAS