(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MURRIEL

Policiais riem após morte de homem negro em detenção nos EUA

Dois agentes são indiciados por assassinato e um por homicídio culposo em caso ocorrido no Mississippi, com câmeras corporais registrando a ação policial.


26/05/2023 10:35 - atualizado 26/05/2023 20:04
436

Policial
(foto: Pixbay)
Câmeras corporais capturaram três policiais zombando e rindo de um homem negro que faleceu após ser detido em Jackson, Mississippi, Estados Unidos. Na última quarta-feira (24), dois dos policiais foram indiciados por assassinato e o terceiro por homicídio culposo, sem intenção de matar. A ocorrência aconteceu na noite de 31 de dezembro do ano passado.

A Associated Press obteve as gravações, que mostram os agentes utilizando repetidamente uma arma de choque taser em Keith Murriel, de 41 anos, acusado de invadir um hotel e que aparentava resistir à prisão. Murriel gritava de dor e implorava para que parassem. Já dentro da viatura e imobilizado, os policiais zombavam e riam. Um deles diz: 'Espero que ele esteja dormindo. Se estiver dormindo, será um bom passeio'. Outro agente, de forma irônica, comenta que ligará para o sargento para perguntar quando deveriam chamar uma ambulância.

As filmagens são divididas em vários segmentos, e não fica claro se os policiais verificaram o estado de saúde de Murriel ou prestaram socorro antes da chegada dos médicos. Quando os paramédicos chegam, percebem que Murriel não respira. Um policial sugere que ele estava 'tomando alguma coisa' antes de ser detido. A polícia de Jackson não informou se substâncias ilícitas foram encontradas nos exames toxicológicos e não está claro quanto tempo depois da abordagem Murriel recebeu atendimento.

Os paramédicos realizaram massagens cardíacas e levaram Murriel ao hospital, onde foi declarado morto. Um dos policiais afirma no vídeo que o homem engasgou com seu próprio vômito. Os agentes envolvidos na ação foram Avery Willis e Kenya McCarty, ambos negros, e James Land, branco. Os dois primeiros foram indiciados por assassinato e o último por homicídio doloso. O advogado de McCarty afirmou que seu cliente é inocente, lamenta a morte de Murriel e oferece condolências à família e amigos. Land preferiu não comentar, e o advogado de Willis não foi localizado.

Após serem afastados, McCarty foi demitido em fevereiro, e Willis e Land em abril. O advogado da família de Murriel argumenta que a tática policial e as conversas justificam o indiciamento. Daryl Washington questiona como os policiais agem quando não estão sendo filmados. Land pagou fiança de US$ 75 mil (R$ 374,8 mil) e McCarty, de US$ 150 mil (R$ 749,7 mil). Willis não havia sido detido até a última quarta-feira.

A morte de Murriel lembra outros casos de homens negros mortos em ações policiais. Em janeiro, Tyre Nichols, 29 anos, foi espancado por policiais em Memphis e não resistiu. A repercussão do caso levou ao encerramento das atividades da unidade policial responsável e alimentou protestos contra racismo e violência policial. A situação foi comparada ao assassinato de George Floyd, em 2020. Em 2021, o presidente Joe Biden tentou aprovar a 'Lei George Floyd por justiça no policiamento', mas o projeto foi barrado no Senado e enfrenta dificuldades para avançar.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)