Jornal Estado de Minas

PILOTO

Piloto russo voa devagar para aumentar salário e acaba demitido

Um comandante de Boeing na Pobeda, uma companhia aérea russa de baixo custo com frota composta exclusivamente por jatos Boeing 737-800, foi demitido após voar propositalmente mais devagar para aumentar seu salário. De acordo com informações divulgadas pelo canal Aviatorshchina no Telegram, o piloto estabeleceu um 'recorde de lentidão' durante três meses consecutivos.





Na Pobeda, o salário dos pilotos é calculado com base no tempo de voo, e não na distância percorrida. O comandante em questão programava o Boeing 737 para voar a Mach 0.73, ou cerca de 871 km/h, em vez do Mach 0.76 mínimo estabelecido pela companhia para determinados voos, resultando em uma diferença de 36 km/h. Durante os três meses, ele realizou 66 voos nessa velocidade reduzida.

Embora a diferença de velocidade possa parecer pequena, a prática reiterada permitiu ao piloto ganhar %u20BD30.000 rublos adicionais, o equivalente a aproximadamente R$1.880. Na atual conjuntura econômica da Rússia, essa quantia é considerável. A Pobeda descobriu o comportamento do piloto quando notou que ele estava ganhando acima da média e o demitiu imediatamente. Estima-se que a atitude do comandante gerou um prejuízo de %u20BD500 mil rublos (cerca de R$31 mil) à empresa.
 
 

Situação semelhante acontece com pilotos da Cathay Pacific, companhia aérea sediada em Hong Kong, que estariam taxeando mais lentamente para aumentar seu tempo a bordo e, consequentemente, seus salários. A Cathay Pacific percebeu que os aviões estavam demorando mais para chegar ao portão do Aeroporto Internacional Chek Lap Kok, e uma análise mostrou que algumas aeronaves estavam taxeando a velocidades bem abaixo do limite aceitável.