O neozelandês Hillary e o sherpa nepalês alcançaram o pico mais alto do mundo em 29 de maio de 1953, um momento histórico para o alpinismo.
"Há 70 anos, fizeram história estes dois simples e humildes cavalheiros que devolveram tudo o que puderam ao povo do Himalaia", disse o filho do alpinista nepalês, Jamling Tenzing Norgay, durante a cerimônia.
Os monges abençoaram as estátuas sorridentes, erguidas ao lado da pista do aeroporto Tenzing-Hillary em Lukla, porta de entrada para as centenas de pessoas que querem seguir seus passos até o cume do Everest.
"Deve ter sido uma época aterrorizante para eles. Ninguém nunca havia subido lá antes", comentou Peter, filho de Edmund Hillary, referindo-se à complicada passagem que fica um pouco abaixo do cume e recebeu o nome em homenagem a seu pai.
"E é claro que eles decidiram, sim, vamos tentar", completou.
Os moradores colocaram "khadas", os lenços tibetanos tradicionais, nas estátuas dos lendários alpinistas.
Desde a primeira subida, mais de 6.000 pessoas chegaram ao topo da montanha de 8.849 metros de altitude, de acordo com o banco de dados do Himalaia.
Além de apoiar o turismo, o rápido crescimento da indústria do montanhismo gerou receita para o governo, que cobra dos estrangeiros uma permissão de escalar o Everest no valor de US$ 11.000 (cerca de 55.000 reais na cotação atual).
Nesta temporada, foram emitidas 478 dessas licenças. Como a maioria dos alpinistas precisa de um guia, a expectativa é que mais de 900 pessoas tentem chegar ao topo, um recorde.
LUKLA