A associação CT Witch Trial Exoneration Project - que inclui descendentes de alguns executados - disse estar "extasiada, satisfeita e grata" pela decisão dos senadores da região da Nova Inglaterra, que apoiaram a medida por 33 votos a um.
Onze acusados - nove mulheres e dois homens - foram enforcados após julgamentos naquele estado ocorridos em meados do século XVII. Outro recebeu um indulto.
Os legisladores da Nova Inglaterra aprovaram nesta quinta-feira uma resolução que proclama a inocência destas pessoas e denuncia as sentenças proferidas contra as nove mulheres e os dois homens, que consideraram um "erro judicial".
Eles apontaram que a decisão coincidiu com a véspera do 376º aniversário do primeiro enforcamento de bruxas na Nova Inglaterra, o de Alice Young.
"Agradecemos aos descendentes, defensores, historiadores, legisladores de ambos os partidos e muitos outros que tornaram possível esta resolução oficial", destacou a associação.
Centenas de pessoas, predominantemente mulheres, foram acusadas de bruxaria na Nova Inglaterra no século XVII, principalmente em Salem, Massachusetts, numa época em que aquela área era dominada por medo, paranoia e superstição. Dezenas delas foram executadas.
Os julgamentos de bruxos de Connecticut ocorreram entre 1647 e 1663 e terminaram cerca de 30 anos antes dos famosos julgamentos das bruxas de Salem. Trinta e quatro pessoas foram acusadas de bruxaria em Connecticut, segundo o projeto CT.
O grupo acrescentou que "continuará defendendo a educação histórica e a lembrança das vítimas dos julgamentos por bruxaria".