Na segunda-feira (29), a cidade de Xangai, no leste da China, vivenciou a temperatura mais alta em um mês de maio em mais de 100 anos, de acordo com o serviço meteorológico local. A estação de metrô Xujiahui registrou 36,7°C, ultrapassando o recorde anterior de 35,7°C registrado quatro vezes em 1876, 1903, 1915 e 2018.
Em meados de maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que o período entre 2023 e 2027 provavelmente será o mais quente já registrado no planeta, devido à combinação dos gases de efeito estufa e do fenômeno climático 'El Niño', responsável pelo aumento das temperaturas. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também advertiu que as temperaturas globais estão prestes a superar a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris sobre o Clima.
Além da China, outros países asiáticos têm enfrentado ondas de calor mortais e estabelecido recordes de temperatura neste ano. O Acordo de Paris, firmado em 2015, tem como objetivo conter o aumento da temperatura média global em até 2°C em relação aos níveis pré-industriais de 1850 a 1900 e, se possível, limitá-la a 1,5°C em comparação com os mesmos níveis.
As mudanças climáticas são um desafio global e as temperaturas extremas em Xangai e outros países asiáticos ilustram a urgência de medidas efetivas para conter o aquecimento do planeta, em conformidade com os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris.