Um funcionário do governo na Índia foi suspenso de seu trabalho após esvaziar um reservatório de água para recuperar seu telefone.
Rajesh Vishwas, um inspetor de alimentos local, bombeou mais de 2 milhões de litros de água para fora do reservatório de Paralkot, durante quatro dias, em um esforço para recuperar o aparelho Samsung Galaxy S23.
Vishwas havia saído com amigos na tarde de domingo (21/5) e foi tirar uma selfie, quando o objeto escapou de suas mãos no estado de Chhattisgarh, no Centro da Índia.
Em uma declaração em vídeo compartilhada pelo Indian Express, Vishwas disse que alugou uma bomba a diesel para “drenar um pouco de água em um canal próximo” em um esforço para recuperar o telefone e que fez isso depois de pedir permissão a um oficial da subdivisão.
Ele também disse que pediu a outras pessoas no reservatório que tentassem recuperar o telefone, mas não conseguiram alcançá-lo porque havia muita água.
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Sua versão dos acontecimentos está em desacordo com a de seu empregador, que o suspendeu sob a alegação de uso indevido de seu cargo – observando que ele havia desperdiçado milhões de litros de água em um período de forte calor. Sua ordem de suspensão também afirma que Vishwas não recebeu permissão para drenar a água.
O esforço, entretanto, foi em vão já que o celular foi encontrado já sem condições de uso.
O acontecimento atraiu críticas de especialistas e políticos, incluindo Raman Singh, ex-ministro-chefe do estado de Chhattisgarh.
“Hoje, no calor escaldante, as pessoas dependem de caminhões-pipa, não há arranjos nem mesmo para beber água”, escreveu Singh, líder do Partido Bharatiya Janata da Índia, que está na oposição no estado, no Twitter na sexta-feira. Ao mesmo tempo, acrescentou, com a água drenada no esforço para recuperar o telefone de Vishwas, “mil e quinhentos acres de terra poderiam ter sido irrigados”.
A Índia, que está entre os países com maior escassez de água do mundo, passou por várias grandes ondas de calor e secas nos últimos anos. Rajesh Vishwas disse ao The Indian Express que as notícias sobre sua operação de recuperação de telefone foram muito exageradas e que a água que ele drenou era da seção de transbordamento da represa e “não estava em condições de uso” para irrigação ou qualquer outro propósito.
Contudo, Priyanka Shukla, uma magistrada distrital da área, disse que os agricultores locais dependem do reservatório para irrigar seus campos. “Ele enfrentará consequências por drenar a água e isso não será tolerado”, enfatizou.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie