"A China se compromete com a criação de um ambiente empresarial melhor orientado para o mercado, baseado no Estado de Direito e internacionalizado", declarou Qin ao empresário.
Segundo a diplomacia chinesa, Musk disse a Qin que a Tesla "deseja continuar desenvolvendo suas atividades na China". A visita do magnata é a primeira ao país asiático desde o começo da pandemia.
As visitas de executivos internacionais que promovem "uma compreensão melhor da China e uma cooperação mutuamente benéfica" são bem-vindas, acrescentou um porta-voz da chancelaria chinesa.
A empresa de veículos elétricos Tesla anunciou, em abril, que construiria uma nova fábrica de baterias em Xangai, sua segunda naquela cidade. A unidade deve iniciar sua produção no segundo trimestre de 2024, segundo a agência de notícias Xinhua.
As relações entre o milionário e Pequim geraram questionamentos em Washington. O presidente americano, Joe Biden, disse em novembro passado que os vínculos do chefe da Tesla com países estrangeiros "mereciam" um escrutínio.
"A Tesla se mantém focada agressivamente em expandir sua presença na China, que continua sendo a galinha dos ovos de ouro", apontaram analistas da empresa de investimentos Wedbush Securities.
As vendas de carros elétricos e híbridos dobraram em 2022 e representarão mais de um quarto de todos os veículos vendidos, um nível recorde, segundo a Federação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CPCA). O apoio do governo aos veículos elétricos, juntamente com o interesse crescente dos consumidores, permitiu que as empresas chinesas dominassem o mercado doméstico, o maior do mundo.
Embora a Tesla continue sendo a maior vendedora mundial de carros elétricos, a popularidade das marcas chinesas disparou nos últimos anos. A montadora BYD, uma das marcas de carros elétricos mais famosas da China, anunciou em março que multiplicou seu lucro líquido por cinco ao longo de 2022.
A Tesla viu seu lucro recuar no primeiro trimestre, apesar de um aumento significativo de suas vendas devido à queda dos preços.
PEQUIM