A mulher de 39 anos chegou à prisão feminina federal em Bryan, perto de Houston, depois que um tribunal negou seu último pedido para permanecer em liberdade enquanto ela apelava da condenação por fraude.
"Podemos confirmar que Elizabeth Holmes chegou à prisão federal de Camp Bryan (...) e está sob custódia do gabinete federal de prisões (Bureau of Prisons, BOP, sigla em inglês)", disse a autoridade em um comunicado.
Holmes tornou-se uma estrela do Vale do Silício quando anunciou que a Theranos estava desenvolvendo uma tecnologia para revolucionar os exames de sangue por meio de um dispositivo de diagnóstico médico de ampla gama que exigia apenas algumas gotas de sangue.
Como fundadora desta empresa, Holmes virou uma celebridade do setor tecnológico e conseguiu atrair investimentos de figuras políticas conhecidas e algumas das pessoas mais ricas do mundo, incluindo o magnata da mídia Rupert Murdoch, o fundador da Oracle, Larry Ellison, e a rede de farmácias Walgreens.
A Theranos também alcançou fama pelo currículo dos membros de seu conselho de administração, como os ex-altos funcionários dos Estados Unidos Henry Kissinger, George Shultz e Jimm Mattis.
No entanto, a sorte de Holmes, que largou os estudos na Universidade de Stanford antes de se formar, chegou ao fim quando uma investigação do The Wall Street Journal questionou a capacidade dos aparelhos da Theranos e a validade dos exames de sangue.
Além de sua pena de prisão, o tribunal ordenou que Holmes pagasse US$ 452 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) aos investidores fraudados.
De acordo com o The Wall Street Journal, a maioria das mulheres presas em Bryan foram condenadas por crimes de colarinho branco, delitos de drogas de baixa gravidade e por abrigar imigrantes ilegais.
Em 2014, a Forbes avaliou a fortuna de Holmes em US$ 4,5 bilhões (R$ 10,8 bilhões, na cotação da época) descrevendo-a como a bilionária mais jovem a não ter herdado sua fortuna.
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