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Estado de Minas TABAGISMO

Campanha da ONU no Dia Mundial sem Tabaco e medidas contra tabagismo

ONU incentiva priorizar produção de alimentos e Portugal endurece regras contra tabagismo. França enfrenta desigualdades sociais e consumo estagnado.


31/05/2023 13:20 - atualizado 31/05/2023 17:58
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Mulher fumando
Na França, quase um terço da população fuma. Após anos de redução, o consumo de tabaco estagnou. (foto: Freepik)
Neste dia 31 de maio, que marca o Dia Mundial sem Tabaco, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha para que os países deem mais importância à produção de alimentos em detrimento do cultivo de tabaco. A organização argumenta que a plantação de tabaco tem impactos negativos na saúde das pessoas, dos agricultores e do meio ambiente, além de contribuir para a crise alimentar mundial. No mesmo mês, Portugal decidiu adotar medidas mais rigorosas para combater o tabagismo.

O governo português implementou ações como proibir fumar em varandas cobertas e nas proximidades de escolas e hospitais. Segundo o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o objetivo é proporcionar um ambiente livre de cigarros para crianças e adolescentes, reduzir o incentivo ao consumo e ajudar os fumantes a largar o vício. Pizarro afirmou que a meta é ter uma geração livre do tabaco até 2040 e que as medidas fazem parte do esforço europeu, mas que pretendem ir além.

O projeto de lei também proíbe fumar em locais fechados e em terraços e pátios cobertos ou delimitados por muros ou outras estruturas. A criação de novas áreas para fumantes também será vetada. Adicionalmente, o governo planeja incluir avisos de saúde em produtos de tabaco aquecido, similares aos encontrados nas embalagens de cigarros convencionais. A partir de 2025, a venda de tabaco será proibida em locais onde fumar não é permitido. Em 2019, estimou-se que 13.500 mortes em Portugal estavam relacionadas ao consumo de tabaco.

Na França, quase um terço da população fuma. Após anos de redução, o consumo de tabaco estagnou. Um estudo encomendado pela Agência de Saúde Pública francesa, divulgado em 31 de maio, revela que as desigualdades sociais no tabagismo ainda são expressivas, com maior exposição entre os mais pobres. O tabagismo é uma das principais causas de morte no país e no mundo, relacionado a cânceres e doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores acreditam que a pandemia de COVID-19 é um fator que contribuiu para a estagnação do consumo de cigarros na França, já que aumentou a ansiedade em diversos aspectos, levando muitos a continuar ou retomar o hábito de fumar. Por outro lado, um segundo estudo, focado em jovens, mostrou que o tabagismo tem diminuído entre adolescentes de 17 anos, assim como outros vícios, como o álcool. A pesquisa, liderada por Alex Brissot, destacou que, pela primeira vez desde 2000, a maioria dos jovens nunca experimentou tabaco.

Entretanto, o estudo também aponta um aumento do consumo de cigarros eletrônicos nessa faixa etária. O governo francês está considerando proibir a versão descartável desses dispositivos, chamados de "puffs", que atraem os jovens com sabores como sorvete de morango e chiclete. Um projeto de lei, apoiado por parlamentares de diferentes partidos, pretende impedir a venda desses produtos eletrônicos.


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