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Estado de Minas MOEDA

Argentina e China renovam acordo para comércio em yuan, sem uso do dólar

Banco Central da Argentina e Banco Popular da China assinam renovação de acordo que visa fortalecer relações comerciais e facilitar transações em moeda local


02/06/2023 16:39 - atualizado 02/06/2023 19:49
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Argentina e China
Argentina e China renovaram acordo. (foto: Handout/ARGENTINA'S ECONOMY MINISTRY/AFP)
Nesta sexta-feira (2/6), Argentina e China renovaram um acordo que permite a realização de transações comerciais entre os dois países em yuan, substituindo o uso do dólar. O acordo foi firmado em Pequim entre Miguel Ángel Pesce, presidente do Banco Central da República Argentina (BCRA), e Yi Gang, presidente do Banco Popular da China, durante uma visita liderada pelo ministro argentino da Economia, Sergio Massa.

O comunicado oficial divulgado pelo BC argentino informa a renovação antecipada do swap de 130 bilhões de yuans por um período de três anos. Além disso, o acordo prevê a ampliação dos montantes de disponibilidade imediata de 35 mil para 70 mil bilhões de yuans, o que equivale a cerca de 10 bilhões de dólares. O objetivo é fomentar o comércio bilateral entre Argentina e China, sendo este último o segundo maior parceiro comercial do país sul-americano.

Com o novo acordo, a Argentina pagará suas importações chinesas em yuan, e abrirá uma conta nessa moeda no Banco Central argentino. O primeiro acordo do tipo com a China foi assinado em 2009 e sucessivamente renovado por diferentes governos desde então.
 

O Banco Central da Argentina registrou, no final de maio, reservas monetárias de aproximadamente US$ 32,8 bilhões, sem detalhar o montante das reservas líquidas destinadas a um mercado de câmbio tenso por conta da inflação. A inflação anual na Argentina atingiu 108% em abril, e no mercado paralelo, o dólar é cotado quase o dobro do valor oficial, a 249 pesos por nota americana.

Em meio a um ano eleitoral, com eleições presidenciais marcadas para 22 de outubro, a pobreza na Argentina alcança 40%, mas a economia apresenta sinais de recuperação, com um crescimento de 1,5% no primeiro trimestre em comparação ao ano anterior.


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