Este número "sem precedentes" constitui "um aumento de 172% desde 2016", relata o IRC, acrescentando que "os três países, que representam apenas 0,9% da população mundial, demandam 5% das necessidades humanitárias do mundo".
Há uma década, Burkina Faso, Mali e Níger enfrentam sangrentas ondas de violência jihadista em vários segmentos de seu território.
De acordo com o informe, grande parte do Sahel central "está altamente exposto às mudanças climáticas".
"As temperaturas estão subindo 1,5°C mais rápido do que no resto do mundo, e um aumento entre 2°C e 4,3°C é previsto até 2080", completa o texto.
Um "círculo vicioso", segundo o IRC, que destaca que a mudança climática e a pobreza aumentam o risco de conflitos armados e vice-versa.
A ONG acrescenta que esta crise múltipla, que atinge, sobretudo, as mulheres de forma "desproporcional", força "as populações a deixarem suas casas e destrói suas fontes de renda".
Cerca de três milhões de pessoas estão deslocadas. Deste total, dois milhões são apenas dentro de Burkina Faso, informa a organização.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esses três Estados estão entre os dez menos desenvolvidos do mundo.
ABIDJAN