Em maio de 2022, logo após o início da ofensiva da Rússia, a UE suspendeu por um ano as tarifas aduaneiras sobre produtos da Ucrânia e se organizou para permitir a exportação de cereais após o fechamento das rotas marítimas pelo Mar Negro.
No entanto, essa medida resultou em um forte aumento nas chegadas de milho, trigo e girassol nos países europeus vizinhos à Ucrânia, levando à saturação dos silos devido a problemas logísticos e à queda dos preços locais.
Em abril, o órgão executivo da UE permitiu que cinco de seus países-membros - Polônia, Hungria, Eslováquia, Bulgária e Romênia - bloqueassem a comercialização de vários cereais provenientes da Ucrânia até 5 de junho.
Essas medidas "temporárias e excepcionais" agora poderão ser prorrogadas até meados de setembro, um prazo que deverá ser usado para "melhorar" as estruturas logísticas de transporte de cereais e aliviar esses países, afirmou a Comissão, responsável pela política comercial do bloco de 27 países.
A única condição imposta pela UE para bloquear os cereais ucranianos foi que os Estados-membros não impedissem o trânsito desses cereais para outros países.
As restrições aplicadas dentro da UE foram duramente criticadas por Kiev, que pediu a Bruxelas que não as prorrogasse após 5 de junho, assim como por outros 12 Estados-membros do bloco.
BRUXELAS