O ministério do Interior britânico e a polícia de Londres iniciaram investigações sobre os centros extraoficiais depois que um grupo de direitos humanos, Safeguard Defenders, denunciou a existência no ano passado.
A ONG com sede na Espanha e criada por um ativista sueco - que esteve preso na China - denunciou que alguns destes centros colaboram com a polícia chinesa para realizar "operações de manutenção da ordem em território estrangeiro" e intimidar os deportados chineses.
O governo britânico notificou na terça-feira (6) a embaixada chinesa, afirmando que "qualquer função relacionada a essas delegacias de polícia no Reino Unido é inaceitável" e "elas não devem funcionar sob nenhuma circunstância".
Pequim respondeu, nesta quarta, que esses centros não existem.
A "China respeita escrupulosamente o direito internacional e a soberania judicial de todos os países", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.
Segundo Wenbin, "as supostas delegacias secretas simplesmente não existem".
"A China pede para a parte britânica respeitar os fatos, parar de exagerar as coisas e de difamar a China, e também que pare de colocar obstáculos nas relações China-Reino Unido", acrescentou.
A existência dos centros chineses não oficiais também foi relatada em outros países, como Estados Unidos e França.
A China negou sua existência todas as vezes. Segundo as autoridades chinesas, estes postos apenas permitem aos cidadãos chineses realizar alguns procedimentos administrativos.