O chamado "ato terrorista" ocorreu na noite de segunda-feira (05) perto de Masiutovka, uma pequena cidade controlada pelas forças russas na região de Kharkiv, nordeste da Ucrânia.
O duto estava desativado desde fevereiro de 2022, mas Moscou aguardava o início de seu funcionamento.
"Um grupo de sabotagem ucraniano explodiu o duto de amônia Togliatti-Odessa", com cerca de 2.400 km de extensão, comunicou o Ministério da Defesa russo.
O oleoduto conectava a cidade russa na região do Volga à cidade portuária ucraniana no Mar Negro.
"Vários civis ficaram feridos. Toda a assistência médica necessária foi fornecida a eles", disse o Ministério da Defesa russo.
A mesma fonte afirmou que o exército ucraniano quase recapturou esta área no outono passado.
Antes do conflito, o oleoduto permitia que a Rússia exportasse, por ano, mais de 2,5 milhões de toneladas de amônia - um componente essencial dos fertilizantes, principalmente para a União Europeia.
O canal foi criado para exportar os produtos da empresa química Togliatti, a maior produtora russa de amônia e uma das maiores do mundo.
A passagem por este duto, construído no final da década de 1970, foi interrompido no início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Moscou solicitou a retomada do funcionamento do canal nas mesmas negociações que possibilitaram, desde julho de 2022, sob mediação da ONU, a exportação de milhões de toneladas de grãos pelo Mar Negro.
Este acordo essencial para o abastecimento mundial de alimentos foi renovado, em maio, por um período de dois meses - até 17 de julho.
Enquanto isso, Moscou continua pressionando para garantir suas exportações, principalmente de fertilizantes.
"Este duto de amônia foi crucial para a segurança alimentar mundial", abordou a porta-voz da diplomacia Russa, María Zakharova, nesta quarta-feira em declarações à imprensa.
A porta-voz acusou a Ucrânia de ter "golpeado fortemente os esforços da ONU na luta contra a fome".
MOSCOU