"Vamos interromper temporariamente a ajuda alimentar à Etiópia, mas a assistência nutricional a crianças, gestantes e lactantes, os programas de merendas escolares e atividades de reforço para agricultores e pecuaristas" ficam mantidos, informou o PMA em nota.
"O desvio de comida é totalmente inaceitável", indicou em nota a diretora-executiva do PMA, Cindy McCain.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) informou na quinta-feira que suspendeu as ajudas para a Etiópia e afirmou que existe uma "campanha coordenada e abrangente" para desviar a ajuda destinada aos necessitados.
As autoridades etíopes afirmaram na quinta, em uma nota conjunta com a USAID, que há uma investigação em curso para que "os responsáveis pelos desvios prestem contas".
Cerca de 20 milhões de pessoas, ou seja, 16% dos 120 milhões de habitantes da Etiópia dependem de ajuda alimentar, devido aos conflitos e a uma seca histórica que castiga a região, estimou em maio a agência humanitária da ONU (OCHA).