Os agressores invadiram "um hotel da praia do Lido", local frequentado pelas autoridades, diz uma nota do governo, segundo a qual "as forças de segurança salvaram muitas pessoas que estavam no prédio e a operação continua".
À noite, tiros ainda podiam ser ouvidos e várias ambulâncias estavam estacionadas ao lado do hotel, relatou um jornalista da AFP.
"Estava perto do restaurante Pearl Beach [na praia do Lido], quando houve uma forte explosão na frente do edifício. Consegui fugir, mas em seguida houve disparos e as forças de segurança correram para o local", disse à AFP Abdirahim Ali, testemunha do ataque.
Outra testemunha, Yaasin Nur, afirmou que "o restaurante estava cheio de gente, porque foi recentemente reformado".
O grupo Al Shabaab, afiliado da Al Qaeda que tenta depor o governo central somali há 15 anos, reivindicou a autoria do ataque.
Expulsos das principais cidades do país entre 2011 e 2012, o grupo permanece firmemente estabelecido nas áreas rurais.
O presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, declarou "guerra total" contra o grupo e lançou uma ofensiva militar em setembro, apoiada por bombardeios dos Estados Unidos.
Mas o Al Shabaab continua realizando atentados sangrentos de retaliação, demonstrando sua capacidade de atacar centros urbanos, bem como instalações militares no país.
Em agosto de 2020, islamitas do Al Shabaab atacaram o hotel Elite, também na praia do Lido, matando dez civis e um policial. As forças de segurança levaram quatro horas para retomar o controle do estabelecimento.
MOGADÍSCIO