Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, condenou as declarações do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sobre a intenção de "tomar" o petróleo venezuelano. Maduro afirmou que tais declarações configuram um crime de lesa humanidade.
Em um evento após uma reunião entre as delegações do Irã e da Venezuela, Maduro destacou que Trump admitiu um crime contra a humanidade ao revelar que o objetivo de seu governo, por meio de agressões e sanções à Venezuela, era provocar o colapso da sociedade venezuelana e permitir que os EUA se apossassem do petróleo do país latino-americano.
Em uma convenção do Partido Republicano, Trump afirmou que, caso tivesse sido reeleito em 2020, teria "tomado a Venezuela" e "pego todo o petróleo". Além disso, o ex-presidente atacou Maduro e criticou a qualidade do petróleo extraído pela estatal venezuelana PDVSA.
Maduro ressaltou a confissão de Trump, dizendo: "Um bom advogado diria: 'O que uma das partes confessa, a outra nem precisa provar'." O presidente venezuelano também lembrou que, durante o mandato de Trump, todos os bens do governo venezuelano nos EUA foram congelados e as transações com o país foram proibidas.
Por fim, Trump também criticou o governo de Joe Biden, alegando que os EUA estão atualmente comprando petróleo da Venezuela e, assim, enriquecendo um ditador.