"Ela já está sendo protegida há cerca de 15 dias porque, sim, sofreu ameaças e decidiu-se protegê-la", disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, durante coletiva de imprensa.
A prefeita, de 40 anos e que pertence ao partido governista Morena, anunciou, na última segunda, ter aceito a recomendação do governo federal para morar em uma instalação militar após ser intimidada por criminosos.
A medida "implica em um sacrifício para sua servidora. Definitivamente, não é simples, tenho um filho, tenho família e o compromisso com minha cidade", disse a prefeita em um comunicado divulgado em sua página no Facebook.
Caballero - que governa Tijuana desde 1º de outubro de 2021 - atribuiu as ameaças ao trabalho que seu governo realiza para combater os cartéis do narcotráfico e outros grupos criminosos.
López Obrador acrescentou que seu governo avaliará como a situação evolui para decidir se a prefeita continuará morando em uma guarnição militar.
Tijuana faz parte das rotas que os cartéis utilizam para traficar drogas para os Estados Unidos, frequentemente por túneis. Por isso, a cidade também vem sendo atingida pela violência ligada ao crime organizado.
O estado de Baja California, ao qual a cidade pertence, é o terceiro mais violento do país, com 945 homicídios dolosos entre janeiro e maio passado, segundo números oficiais.
Desde o lançamento de uma polêmica ofensiva militar antidrogas, em dezembro em 2006, o México registra mais de 350.000 assassinatos e aproximadamente 110.000 desaparecimentos, a maioria atribuída às organizações criminosas.
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