A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou o naufrágio ocorrido na costa da Grécia como a pior tragédia marítima do país. Até o momento, 79 vítimas fatais foram confirmadas e estima-se que mais de 500 pessoas estejam desaparecidas. A Grécia anunciou um período de luto de três dias em decorrência do desastre.
O acidente aconteceu a cerca de 80 km de Pylos, na costa sul grega. De acordo com a guarda costeira, a embarcação partiu da Líbia e foi avistada pela primeira vez em águas internacionais na última terça-feira (13) por um avião da Frontex, a agência europeia de guarda de fronteiras e costeira.
Antes de o motor falhar, os ocupantes do barco teriam recusado ajuda. Acredita-se que a superlotação tenha sido o principal motivo do naufrágio. Nenhum dos passageiros utilizava colete salva-vidas, e as condições climáticas adversas, com ventos fortes, dificultaram as operações de resgate.
Até a manhã desta quinta-feira (15), 104 sobreviventes haviam sido socorridos. São todos homens, com idades entre 16 e 40 anos, provenientes do Afeganistão, Paquistão, Síria e Egito.
Baseadas nos relatos dos sobreviventes, as autoridades gregas estimam que mais de 500 pessoas possam estar desaparecidas, tornando-se a maior tragédia envolvendo migrantes na Grécia. O caso mais grave registrado até então ocorreu em 2016, quando 320 pessoas morreram ou desapareceram em outro naufrágio.
As buscas na região, uma das mais profundas do Mediterrâneo, continuam com o auxílio de barcos e helicópteros. A possibilidade de recuperar o barco naufragado é considerada remota.