A comissária de cibersegurança da Austrália, Julie Inman Grant - uma ex-funcionária do Twitter -, assinalou que a plataforma é agora responsável por uma em cada três queixas sobre discurso de ódio online denunciados em seu país.
Inman Grant indicou que o Twitter tem 28 dias para tratar desse problema ou será multado em 700.000 dólares australianos (R$ 2,26 milhões) por cada dia de descumprimento do prazo.
Desde que Musk comprou a plataforma em outubro de 2022, cortou mais de 80% da equipe do Twitter em todo o mundo, incluindo muitos moderadores de conteúdo encarregados de eliminar o discurso de ódio.
"O Twitter parece ter falhado em combater o ódio", afirmou Inman Grant, que trabalhou com cibersegurança para o Twitter depois de passar 17 anos na Microsoft.
Segundo a comissária, o órgão australiano está "longe de ser o único preocupado com o nível crescente de toxicidade e ódio no Twitter, em especial contra as minorias".
A Austrália lidera o esforço global para a regulação das plataformas de redes sociais, e esta não é a primeira vez que Inman Grant cita publicamente o Twitter.
Em novembro do ano passado, ela escreveu a Musk para expressar seu temor de que os cortes de pessoal deixariam a empresa incapaz de cumprir as leis australianas.
O jornalista de origem aborígene Stan Grant, uma figura midiática respeitada na Austrália, disse em maio que apresentou uma reclamação ao Twitter pela "imundície racial implacável" com a qual se depara constantemente na plataforma.
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