As buscas pelo submersível Titan entraram no 5º dia nesta quinta-feira (22/6). O ar respirável dentro do veículo, que levava cinco pessoas para verem os destroços do Titanic, deve acabar na manhã de hoje.
Segundo as especificações da empresa responsável, o submarino tem 96 horas de ar. No entanto, os especialistas afirmam que o suprimento de ar depende de uma série de fatores, incluindo se o veículo permanece intacto e ainda tem energia.
Dez barcos, equipados com sonares e tecnologia de ponta, estão varrendo uma área de 20.000 km², aproximadamente o tamanho do estado de Sergipe, e a uma profundidade de quase quatro quilômetros, enquanto aviões sobrevoam o local em busca de qualquer sinal do submersível.
O Pentágono anunciou o envio de um terceiro avião C-130 e de outros três C-17, enquanto um robô submarino, enviado pelo Instituto Oceanográfico francês, seria incorporado às buscas nesta quarta.
A Marinha Real do Canadá enviou um navio com câmara hiperbárica a bordo e especialistas com assistência médica, que se une a outra embarcação de serviço da Guarda-costeira equipada com instrumentos de sonar avançados. Outros dois se dirigem até o local, segundo as autoridades do país.
A Horizon Maritime, empresa proprietária do Polar Prince, o barco que lançou o submersível, também está enviando outra embarcação com uma equipe de buscas em águas profundas.
A comunicação com o pequeno submersível Titan, com capacidade para cinco pessoas e oxigênio de emergência para 96 horas, foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.
Viajam no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia responsável pelo Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.