O empresário Oisin Fanning, que já participou de uma viagem no submarino Titan até o local de naufrágio do Titanic, disse conhecer algumas das pessoas que estão no submarino desaparecido no oceano desde domingo (18/06).
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Já Fanning acha que as pessoas a bordo sabem como maximizar seu suprimento de oxigênio, previsto para durar até a manhã desta quinta-feira. "Eles vão tentar preservar o oxigênio", disse Fanning.
"Eles farão de tudo para se manterem calmos, respirarem superficialmente e preservarem o oxigênio pelo maior tempo possível."
Segundo Fanning, antes do mergulho no submarino, os passageiros participam de um treinamento.
Ele afirmou à BBC News que os participantes acordam às 4h e que os procedimentos de segurança são feitos por cerca de quatro a cinco horas antes do veículo submergir.
Nesta quarta-feira (21/6), mais três embarcações chegaram ao local de busca, uma delas com recursos de sonar de varredura lateral.
Acredita-se que as pessoas a bordo do submersível Titan tenham menos de 24 horas de suprimento de oxigênio.
Onde estão acontecendo as buscas?
A tripulação do submarino perdeu contato com seu navio de base na superfície, o Polar Prince, uma hora e 45 minutos depois de iniciar a descida em direção aos destroços do Titanic.
Na terça-feira (20), às 13h na costa leste dos EUA (14h em Brasília), a Guarda Costeira dos Estados Unidos estimou que restavam cerca de 40 horas de suprimento de oxigênio no submarino.
Ou seja, haveria suprimento até aproximadamente 6h da manhã de quinta-feira (22) no horário de Brasília.
Os destroços do Titanic estão a cerca de 700 km ao sul da cidade de St. John's, no Canadá, embora a missão de resgate esteja sendo executada a partir de Boston, nos Estados Unidos.
Agências, militares e empresas dos Estados Unidos e do Canadá que atuam em águas profundas estão ajudando na operação de resgate, usando aviões militares, um submarino e boias de sonar.
O Polar Prince está recebendo na área o apoio do navio para lançamento de cabos Deep Energy, enquanto o navio de abastecimento Atlantic Merlin está a caminho.
O capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira dos EUA, afirmou que equipes dos EUA e do Canadá "estão trabalhando sem parar" durante as "complexas ações de busca".
O professor Alistair Greig, especialista em submarinos da University College London, diz que um dos grandes problemas é que os socorristas não sabem se devem procurar na superfície ou no fundo do mar — é "muito improvável" o submarino estar no meio do caminho, diz, acrescentando que cada um desses pontos (superfície ou fundo do mar) traz seus próprios desafios.