Jornal Estado de Minas

SUBMARINO DESAPARECIDO

Esposa de desaparecido em submarino é descendente de casal morto no Titanic

A esposa de Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate e piloto do submarino que desapareceu no Oceano Atlântico no domingo (18/6), é descendente de um casal que morreu no naufrágio do Titanic, em 1912. Wendy Rush é tataraneta de Isidor e Ida Straus, as duas pessoas mais ricas a bordo da embarcação — Straus era co-proprietário da loja de departamento Macy's.





 

Segundo sobreviventes do naufrágio, o casal Isidor e Ida foram vistos de braços dados enquanto o navio afundava. No entanto, apenas o corpo do marido foi encontrado após a tragédia. Em 1998, o diretor James Cameron eternizou a história do naufrágio e a cena de um casal se abraçando em filme. De acordo com o jornal The New York Times, Wendy Rush se casou com o executivo da OceanGate em 1986 e participou de três expedições aos destroços do Titanic nos últimos dois anos. Atualmente, ela atua como diretora de comunicação da empresa.

 

 

Buscas pelo submarino

Os cinco tripulantes desaparecidos são o bilionário Hamish Harding; o bilionário que se denomina explorador Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood; o presidente da OceanGate, Stockton Rush; e o especialista no naufrágio do Titanic Paul-Henry Nargeolet. Além da Marinha canadense e americana, agências governamentais e empresas comerciais especializadas em águas profundas estão ajudando na operação para encontrar o submersível. Segundo projeções, o oxigênio disponível para os tripulantes esgotou na manhã desta quinta-feira (22/6).

 

Em 2018, um ex-funcionário da empresa que construiu o submersível alertou sobre "problemas de controle de qualidade e de segurança". David Lochridge, então diretor de Operações Marítimas da OceanGate, discordou da posição de mergulhar o Titan sem que o veículo tivesse passado por um teste não destrutivo, o qual fosse capaz de provar sua integridade. De acordo com Lochridge, a única janela de visualização do submersível foi construída para suportar a uma pressão a uma profundidade de 1.300 — três vezes menos do que o ponto onde se encontra o Titanic.