Para ser aprovado em definitivo, o texto, qualificado como "histórico" por Taipé, precisa ser ratificado pelo Senado dos Estados Unidos.
Em termos concretos, o acordo, assinado em 1º de junho, visa desenvolver o comércio entre Washington e Taipei, por meio da harmonização dos controles aduaneiros, da simplificação de um conjunto de normas e do estabelecimento de mecanismos anticorrupção.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quinta-feira que a aprovação deste texto "viola gravemente o compromisso assumido pela parte americana de manter apenas relações não oficiais com Taiwan".
A China "se opõe resolutamente" aos países com os quais mantém relações diplomáticas que assinem acordos "que tenham conotações de soberania ou de caráter oficial com a região chinesa de Taiwan", afirmou o ministério em comunicado enviado à AFP.
"Os Estados Unidos deveriam (...) parar de promover (o acordo), retirar-se dele imediatamente e parar de enviar sinais errados às forças separatistas sobre a 'independência de Taiwan'", acrescentou.
Os Estados Unidos não têm relações diplomáticas oficiais com Taiwan, mas têm relações não oficiais por meio do Instituto Americano em Taiwan, que funciona como uma embaixada de fato e que no início de junho assinou o acordo com o Escritório de Representação Econômica e Cultural de Taipei em Washington.
Vinculados desde 1994 por "um marco" para comércio e investimento, os Estados Unidos são o mais importante parceiro e fornecedor de armas de Taiwan.