Os membros do grupo Wagner nestes países "estão trabalhando como instrutores. Este trabalho, claro, vai continuar", disse Lavrov em uma entrevista ao canal RT.
O ministro considerou que Europa e França "abandonaram a RCA e o Mali", países que recorreram à Rússia e ao grupo Wagner para ter instrutores militares e "garantir a segurança de seus políticos".
Um funcionário de alto escalão da Presidência da República Centro-Africana confirmou que a Rússia continuará operando no país.
"A República Centro-Africana assinou um acordo de defesa com a Federação Russa, e não com o Wagner", declarou à AFP Fidèle Gouandjika, ministro-conselheiro especial do presidente.
"A Rússia contratou o Wagner. Se a Rússia não estiver mais de acordo com o Wagner, então nos enviará um novo contingente", completou.
Para os ocidentais, a milícia Wagner é um instrumento de influência russa que tem o objetivo de de promover os interesses de Moscou e competir com os europeus. O grupo armado é acusado de cometer abusos, ou de saquear recursos naturais em seus locais de operação.
O chefe da diplomacia de Moscou também declarou que a rebelião liderada pelo fundador do grupo Wagner, Yvegueni Prigozhin, não afetará as relações da Rússia com "aliados e amigos".
"O presidente (Vladimir) Putin recebeu muitas ligações de apoio", disse.
Os países que não são amigos da Rússia, "francamente não me importo", disse o diplomata. "As relações com o Ocidente estão destruídas, então um episódio a mais ou a menos...".