Após o levante que abalou o Kremlin na sexta-feira e no sábado, Putin denunciou uma "traição", mas disse que os manifestantes podem voltar à vida civil, ingressar no Exército, ou ir para o exílio em Belarus.
"Todos pensamos" que a resposta de Putin "estaria ligada a armas nucleares, uma mobilização geral, ou a declaração de guerra à Otan?", escreve o correspondente de guerra Alexandre Sladkov, seguido por mais de um milhão de assinantes do Telegram.
"Graças a Deus ele manteve a calma", diz o blogueiro, um apoiador do Kremlin.
Mas a ausência de castigo para os rebeldes - enquanto muitas pessoas apodrecem na prisão por tuítes críticos à ofensiva na Ucrânia - é interpretada por analistas como uma admissão de fraqueza.
Putin se esforça para mostrar que está no comando. Na terça-feira (27), prestou homenagem aos militares que, segundo ele, impediram uma "guerra civil".
Uma cerimônia injustificada para alguns blogueiros, já que os combatentes do Wagner capturaram vários sítios militares em Rostov-on-Don (sudoeste) antes de viajarem várias centenas de quilômetros até Moscou sem encontrar grande resistência.
"A polícia militar e as forças especiais que deveriam proteger o Estado-Maior do distrito militar do sul (em Rostov) simplesmente desapareceram" com a chegada dos amotinados, destacou o blogueiro Battle_Z_Sailor, seguido por 63.000 assinantes.
"Nem uma única palavra sobre o que causou este tumulto", ou para dizer que "as reivindicações dos manifestantes serão examinadas", diz o autor do blog Govorit Topaz, com quase 100.000 seguidores.
Para o blogueiro Ribar, seguido por 1,2 milhão de assinantes, "tudo é conciso e claro" na mensagem presidencial.
"A única coisa que permanece incerta é o destino da Rússia", enfatiza.
MOSCOU