Daniel Penny, um ex-militar de 24 anos, compareceu nesta quarta-feira à Procuradoria do Distrito de Manhattan.
"Daniel Penny é acusado de homicídio culposo", anunciou o promotor deste distrito de Nova York, Alving Bragg, que também o acusou de homicídio por negligência - uma acusação mais leve.
Um grande júri o considerou responsável por imobilizar e sufocar o morador de rua Jordan Neely no metrô de Nova York.
Este polêmico caso expôs novamente os problemas de saúde mental, principalmente entre os moradores de rua, o medo e a insegurança pública em Nova York, uma cidade de 8,5 milhões habitantes.
De acordo com o registro do tribunal, Penny deu uma gravata em Neely, um sem-teto que ganhava a vida imitando Michael Jackson nas ruas e no metrô de Nova York.
O golpe foi desferido depois que o sem-teto correu para dentro de um vagão do metrô gritando que estava "com fome e sede" e que estava "farto" e "pronto para ir para a cadeia", segundo o jornalista mexicano Juan Alberto Vázquez, que presenciou a briga e gravou um vídeo com seu celular.
O tribunal declarou que Penny se aproximou de Neely por trás e o imobilizou no chão, para então conseguir "pressionar" seu pescoço "mesmo depois que ele parou de se mover".
O relatório do médico legista afirmou que Neely morreu de "compressão" do pescoço, resultando em "homicídio".
Após ser inocentado inicialmente sem acusações, o clamor público e a campanha dos setores progressistas iniciadas após a popularização do caso levaram Penny a julgamento.