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Estado de Minas BERLIM

Putin saiu 'enfraquecido' do motim do grupo Wagner, diz chanceler alemão


28/06/2023 15:35
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O presidente russo, Vladimir Putin, saiu "enfraquecido" do motim abortado do grupo paramilitar russo Wagner, disse, nesta quarta-feira (28), o chefe do governo alemão, Olaf Scholz.

A rebelião do grupo "terá consequências para a Rússia no longo prazo", disse o chanceler ao canal público ARD, embora tenha se negado a "participar de qualquer especulação sobre a duração de seu mandato, que pode ser longo ou curto, não sabemos".

"Acredito que [Putin] está enfraquecido porque mostra que as estruturas autocráticas e as estruturas de poder estão rachadas e não está posicionado tão firmemente como diz em todas as partes", acrescentou Scholz.

O grupo Wagner participa do conflito na Ucrânia.

"A Rússia é uma potência nuclear, é um país muito poderoso. Por isso, devemos sempre estar atentos a situações perigosas e esta foi uma situação perigosa", afirmou o líder alemão.

"Em qualquer caso, sem dúvida terá consequências para a Rússia no longo prazo", argumentou.

O grupo Wagner, liderado pelo empresário Yevgueni Prigozhin, considerado o braço armado de Moscou no exterior, realizou um motim armado que durou da noite de sexta-feira até a noite de sábado.

Durante 24 horas, seus homens tomaram várias instalações militares na cidade estratégica de Rostov (sudoeste) e viajaram centenas de quilômetros rumo a Moscou antes de o líder do Wagner interromper sua rebelião em troca da imunidade prometida pelo Kremlin para ele e seus homens.

Esta crise é o maior desafio que Putin, que chamou este ato de "traição", enfrentou desde que chegou ao poder, em 1999.


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