"O futuro desses acordos entre os países africanos e o grupo Wagner depende sobretudo da decisão dos governos dos países de estarem interessados ou não em continuar com essa forma de cooperação", declarou Lavrov durante uma reunião virtual.
A situação do Wagner, que combate na Ucrânia e está presente em vários países da África, assim como na Síria, é delicada após a rebelião de 24 horas iniciada pelo líder do grupo, Yevgueni Prigozhin.
Prigozhin abortou a rebelião e se exilou em Belarus. Agora, seus homens devem escolher entre segui-lo, entrar para o exército regular russo ou voltar à vida civil. O grupo também terá que entregar seus equipamentos e armamentos pesados.
A República Centro-Africana, principal país onde o Wagner está implantado, assegurou, na segunda-feira, que a Rússia seguirá operando no terreno, com ou sem o grupo paramilitar.
A França pediu, na quarta-feira, para que todos os países se desvinculem do grupo de Prigozhin e advertiu que poderia impor sanções adicionais pelos crimes que o grupo é acusado de cometer nos países onde possui efetivos.
E os Estados Unidos já anunciaram que irão impor novas sanções às atividades do grupo, especialmente na República Centro-Africana.