Organizações de direitos humanos acusam o Irã de ter aumentado o uso da pena de morte como forma de reprimir a onda de protestos deflagrada em setembro pela morte da jovem Mahsa Amini. Ela estava sob custódia policial, acusada de violar o rígido código de vestimenta que as mulheres devem aderir.
A ONG destacou sua preocupação, porque há um número desproporcional de pessoas de etnias minoritárias entre os executados. Cerca de 20% eram da minoria baluche, que é uma população sunita.
"A pena de morte é usada para espalhar o medo na sociedade e impedir outras manifestações", disse o diretor do IHR, Mahmood Amiry Moghaddam.
"A maioria das pessoas executadas é cidadão de segunda classe, das comunidades mais marginalizadas", acrescentou.
O Irã executa mais condenados do que qualquer outro país, com exceção da China, de acordo com várias ONGs de direitos humanos, como a Anistia Internacional. Em 2022, 582 pessoas foram executadas, uma alta de 75% em relação ao ano anterior, segundo o IHR.
PARIS