Os combates começaram "às 04h e seguem desde então", assegurou à AFP um morador de Cartum, a capital desse país de 45 milhões de habitantes localizado no nordeste da África.
A cidade sofre com a escassez de comida, água e eletricidade desde que os combates começaram, em 15 de abril, entre o exército liderado pelo general Abdel Fatah al Burhan e os paramilitares das FAR do general Mohamed Hamdan Daglo.
O conflito, que se estende por todo território sudanês, já causou mais de 3.000 mortes e deixou mais de 2,2 milhões de descolados internos. Outras 645.000 pessoas fugiram para os países vizinhos, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Os médicos calculam, no entanto, que o balanço poderia ser muito maior, já que mais de 60% dos hospitais e centros de saúde nas áreas de combate estão "fora de serviço".
Além de Cartum, os confrontos são especialmente violentos em Darfur, uma enorme região fronteiriça com o Chade que já foi palco de uma sangrenta guerra civil nos anos 2000.
Nesta segunda-feira (3), o Exército anunciou que estava pronto para "receber e preparar" combatentes voluntários.
Na semana passada, o general Burhan já havia pedido aos sudaneses "jovens e todos os que podem se defender" para se unirem às suas tropas. Mas a maioria dos civis recusou o pedido e espera que o conflito termine o quanto antes.
WAD MADANI