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Estado de Minas PEQUIM

Chuvas torrenciais deixaram 15 mortes no sudoeste da China

Quatro pessoas estão desaparecidas; clima tem variado na última quinzena de chuvas intensas a calor insuportável


05/07/2023 07:47 - atualizado 05/07/2023 08:17
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Policiais limpam lama das ruas de Chongqing, no sudoeste da China, uma das cidades atingidas por chuvas fortíssimas
Policiais limpam lama das ruas de Chongqing, no sudoeste da China, uma das cidades atingidas por chuvas fortíssimas (foto: STR / AFP)
Ao menos 15 pessoas morreram e quatro são consideradas desaparecidas após as chuvas torrenciais que afetaram a metrópole de Chongqing e outras localidades do sudoeste da China, informaram nesta quarta-feira (5) as autoridades locais e a imprensa estatal.

O país registra há várias semanas fenômenos meteorológicos extremos, de chuvas intensas a ondas de calor escaldantes, cuja frequência aumenta devido ao aquecimento global.

Os moradores da capital, Pequim, e de outras regiões da China foram aconselhados a permanecer em suas casas devido às temperaturas que superam 35ºC.

Na região sudoeste do país, as chuvas torrenciais da semana "mataram 15 pessoas e deixaram quatro desaparecidos em Chongqing", informaram à AFP as autoridades da cidade de 31 milhões de habitantes.

"As tempestades intensas, principalmente em áreas ao longo do rio Yangtze, provocaram inundações e desastres geológicos, perturbando as vidas de mais de 130.000 pessoas em 19 distritos e condados", afirmou a agência estatal de notícias Xinhua.

O canal público CCTV exibiu imagens de torrentes de água turva transbordando de vários diques e arrastando entulho no distrito de Wanzhou, em Chongqing.

O jornal People's Daily, do Partido Comunista, publicou fotografias de funcionários dos serviços de emergência ajudando a resgatar os moradores de prédios residenciais inundados.

A intensidade das chuvas provocou o desabamento de uma ponte ferroviária na região de Chongqing, que foi atingida pelo "impacto das torrentes das montanhas", segundo a CCTV.

O governo central enviou uma equipe de trabalho nesta quarta-feira à cidade para supervisionar as operações de emergência.

Na terça-feira, os serviços de meteorologia alertaram para o risco de desastres naturais em julho, como inundações, tufões ou temperaturas elevadas.

O presidente Xi Jinping ordenou que as autoridades de todos os níveis "priorizem a garantia da segurança e as propriedades da população", informou a Xinhua.

O ministério das Finanças liberou 320 milhões de yuanes (44,2 milhões de dólares, 212 milhões de reais) para reforçar os trabalhos de emergência e resgate nas regiões mais afetadas.

Mais de 460.000 pessoas foram afetadas pelas chuvas na província de Sichuan, vizinha de Chongqing, e quase 85.000 foram obrigadas a abandonar suas casas, de acordo com as autoridades locais, que citaram o risco de "inundações repentinas em áreas montanhosas e possíveis deslizamentos de terra" esta semana.

Os cientistas alertam que o aquecimento global aumenta a probabilidade e a intensidade de fenômenos meteorológicos extremos como as inundações e ondas de calor registradas nas últimas semanas em vários países asiáticos.

Em junho, Pequim superou em 14 dias a temperatura máxima de 35ºC, igualando um recorde de julho de 2000, segundo o jornal estatal Beijing Evening News.

Em um dia do mês passado, a temperatura na capital chinesa chegou a 41,1ºC, recorde para o mês de junho desde o início dos registros em 1961.


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