Este é "um compromisso crucial que reafirma nossa liderança como um país azul e verde em todo o mundo", disse a ministra das Relações Exteriores do Panamá, Janaína Tewaney Mencomo, que apresentou o documento assinado pelo presidente Laurentino Cortizo ao serviço jurídico da ONU, em Nova York, em uma breve cerimônia.
A ministra espera que países como Costa Rica e Colômbia, com os quais compartilha bacias hidrográficas, possam aderir à Convenção sobre a Proteção e Uso de Cursos Transfronteiriços de Água e Lagos Internacionais (Convenção da Água).
Com pouco mais de 4 milhões de habitantes, o país centro-americano dispõe de aproximadamente 33 mil metros cúbicos de água doce per capita, quase seis vezes a média mundial, e depende principalmente dos recursos hídricos superficiais.
A área total das bacias hidrográficas transfronteiriças representa aproximadamente 25% do território nacional.
Para o país, a principal bacia hidrográfica transfronteiriça é a de Sixaola, localizada na região de fronteira com a Costa Rica, que abriga importante biodiversidade e atividades agrícolas, e tem importância cultural pela presença de povos indígenas e populações afro-caribenhas.
Espera-se que a Convenção da Água ajude a estabelecer sistemas de monitoramento e troca de dados sobre qualidade, quantidade e uso da água nesta bacia, na qual já trabalham juntos através de uma Comissão Binacional.
Além disso, que apoie a cooperação entre o Panamá e a Colômbia, aumentando a capacidade para uma governança eficaz da água e a confiança, com base em direitos claros.
Segundo a ONU, 153 países de todo o mundo compartilham rios, lagos e recursos hídricos subterrâneos.
Na América Latina, a República Dominicana, El Salvador, Costa Rica, Paraguai e Uruguai estão em processo de adesão à convenção, que atualmente conta com 51 países, a maioria europeus, embora alguns também sejam africanos.