Jornal Estado de Minas

MOSCOU

Turistas russos bloqueados na Crimeia são obrigados a passar por áreas ocupadas da Ucrânia

Moscou recomendou, nesta segunda-feira (17), aos turistas russos bloqueados na Crimeia depois do ataque contra a ponte que une a península anexada à Rússia que voltem para suas casas por meio dos territórios ucranianos.



O ataque, realizado pelas forças ucranianas na madrugada de domingo para segunda, matou dois civis que viajavam em seu carro pela ponte.

Os voos comerciais entre Moscou e Crimeia foram suspensos após o início da ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022. A maioria dos turistas russos viajam para a península de carro pela parte da ponte dedicada ao tráfego viário.

Essa parte da ponte foi parcialmente destruída pelo ataque.

"Peço aos habitantes e aos visitantes da península (...) que escolham, por razões de segurança, uma rota terrestre alternativa pelas novas regiões", declarou o governador russo da anexada península, Sergei Aksionov, empregando a terminologia de Moscou para se referir aos territórios sob controle russo no leste e sul da Ucrânia.

A rota proposta de 400km passa por alguns territórios afetados pelos combates com o exército ucraniano, que bombardeia as linhas de abastecimento russas.

A televisão russa mostrou um mapa do trajeto, que passa pela cidade de Melitopol, na região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, e por Mariupol, a grande cidade portuária amplamente destruída pelos bombardeios, antes de chegar a Rostov do Don, no sul da Rússia.

As autoridades pró-russas da Crimeia aconselharam os viajantes a passar "longe dos veículos do exército e das colunas" de militares.

Segundo a agência oficial russa RIA Novosti, há 50.000 turistas na Crimeia, a maioria deles procedentes da Rússia por carro pela ponte parcialmente destruída nesta segunda.